sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Que ano!

Que ano, que ano!!!
Espero que Dezembro chegue logo e que passe logo e que carregue junto com ele todas as frustrações deste ano horrível!
Ao mesmo tempo que parece que o ano passou rápido demais, tenho a sensação de ter sentido cada dia, cada minuto, cada instante como eternidades. O ano que mais vivi, ou morri.
Por que será que tenho a sensação de que tudo deu errado pra mim, que tudo está dando errado. Sensação que      estou pagando por algo que não fiz, sensação que isso não vai ter fim, mas só de imaginar o fim de certas coisas me aperta o peito? Vamos 2011, vá logo, leve contigo todas as incertezas, as mágoas, as tristezas, as lágrimas que derramei. Vá, nessa mesma velocidade tem ido desde o dia 23 de janeiro. Vá....

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Superando (de novo)

Quase um ano se passou e só agora, depois de oito meses, posso dizer que tenho dúvidas do meu amor e apesar dessa dúvida, eu já tenho a certeza que não preciso mesmo de vc pra viver, pra ser feliz. Continuo sozinha mas descobri que posso gostar de alguém, que posso me sentir à vontade com alguém, que posso ser amada, dar e receber todo o tipo de carinho que trocávamos. Pois é, tô feliz por ir mais dormir sem pensar em vc, por não acordar com saudade de vc. Talvez ainda reste uma saudade, um respeito pelo que nós vivemos, não mais por vc. Já consigo ficar sozinha em casa, claro que lamento não ter ninguém, mas não lamento mais não ter vc, não fico pensando onde e com quem vc está. Será que foi pela sua grande mancada, pela sua falta de caráter ou foi pelo que senti semana passada com outra pessoa?? Não sei também e isso pouco importa, o importante é ter me livrado disso ou mudado o foco. Não tenho mais esperanças de voltar pra vc e falo isso do fundo do meu coração, ok, amanhã posso mudar de idéia, mas não é esta a intenção. Eu tenho esperanças sim, de viver um amor muito maior, com muito carinho de verdade, com respeito, uma coisa de verdade, quase que tangível. Pois é, eu tô com vontade de viver muita coisa, é a vida quase brilhando novamente pra mim. Tenho fé que Deus me guarda o melhor, e vou esperar, estou esperando.

domingo, 11 de setembro de 2011

O balde cheio

Eu odeio chorar em público pq sei que muita gente se fortalece a partir da nossa fraqueza. Mas ai o meu balde tava enchendo todo dia um pouco mais e eu sempre segurei, sempre esperei até a noite pra chorar, sempre conseguir chegar até o banheiro mais próximo pra desabar sem que ninguém me visse, sem que ninguém soubesse da minha fraqueza, do meu balde quase cheio. Talvez por isso eu sinta tanta falta dele, pq ele foi o único que me via chorar, que eu me jogava, me deixava levar, sem medo, sem vergonha. Era pra ele que eu corria, que deitava no colo, que abraçava e falava um pouco do meu balde, mas agora, quase todo o conteúdo do balde era ele mesmo. Ontem eu não consegui segurar, não deu tempo de chegar no banheiro, não deu para esperar chegar no escuro do meu quarto e eu não tinha ele, meu balde transbordou ali mesmo, na frente de todo mundo e doeu, como doeu e era culpa dele, dele também. E eu fiquei triste, eu queria morrer, eu sofri, eu tô sofrendo de novo, tô triste pq não aceito a decepção mais uma vez de vc, não consigo aceitar que vc não tenha caráter, não consigo aceitar que vc ainda engana, que vc não tem jeito, que vc mente e que eu te amo ainda apesar de. Então eu choro mais, eu chorei e todo mundo viu, todo mundo queria saber da minha dor, mas ninguem queria ou podia me ajudar, só queria saber. E como eu disse, tem gente que se fortalece a partir de nossa fraqueza, e foi assim, vi gente feliz pelo balde ter transbordado, vi gente feliz pq eu não tava bem e, pior, essa gente era quem tava do meu lado.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Colheita

Pq eu fiz aquilo? Pq eu errei dessa forma?? Pq eu mudei tanto. Eu que sempre defendi o respeito, a integridade, o "tudo que vai volta", pq eu fiz com alguém o que eu não quero que façam comigo? Eu sempre controlei tudinho, todos os impulsos, todas as vontades pra ser diferente, pra ser respeitada, eu achava que sendo correta, eu teria mais respeito que os que não são, eu esperava ser mais respeitada por respeitar mais. Mas eu não fui mais respeitada, eu colhi antes de plantar. E pergunto pq?? Pq eu tive que sofrer por algo que eu não merecia? Podia ser por outros motivos, mas não aquele. E agora, minha cabeça tá tão confusa, eu tô tão perdida, tão decepcionada com as pessoas, com o mundo e comigo mesma. Todas as minhas certezas viraram pó. Todas as minhas crenças se tornaram apenas crenças mesmo. E eu aqui fazendo o que achava errado e fazendo mais errado ainda, sem razões ou com razões, escolhi um caminho, um caminho errado. E se eu tiver que colher agora, será mais fácil aceitar ou será mais difícil? Não sei...
Eu sei que no fundo não é legal ser legal. Sei que muitas pessoas não tem consciência pra pesar ao cometerem atos incorretos, elas dormem feito anjos (será?), não sei tb se isso é bom ou ruim, mas agora sei o quanto vale uma consciência tranquila. Não sei também se é certo ou errado, melhor ou pior viver com medo do futuro, com medo da colheita, talvez este medo nos impeça um pouco de ousar, de ser feliz e, afinal de contas, estamos aqui pra que?? Pra viver pensando num futuro, numa morte, numa vida após a morte, numa salvação? Viver sem cometer erros nesse mundo pirado que é o nosso, é impossível, claro que tudo tem limite e esse limite é vc quem impõe. As decepções nos tranformam assim? Pensar demais. Talvez seja esse o motivo de ser tão retraída. É eu temo muito a Deus, eu creio Nele e confio, mas não sei até que ponto Ele me entende, confia e perdoa.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dá um tempo

-Nossa tia, vc tá estranha.. implicando comigo, chata, quieta e quando fala só briga...
-Ela anda tão estranha, não é mais aquela menina doce, toda quietinha que a gente achava....
-Ai, vc não me dá mais atenção, não responde às minhas msg e quando responde não dá mais a mesma atenção...
-Pq vc não atende o celular?
-Vc tá me evitando, tá fugindo?
- Pq vc não quer sair comigo?
-Pq a gente não vai se ver mais?
-Vamos linda, se entrega...
-Ela mudou tanto, não faz mais nada em casa...
-Pára de achar que todo mundo é igual..
-Vc tá bebendo de mais...
-Manera...
-Vc tá igual à fulana...
-Sempre achei vc parecida com a Sandy, mas agora... (Sandy agora é devassa, cortei o clima - hahha)
-Má, vc tá estranha...
É gente, vcs têm razão, eu tô estranha, eu não tô dando atenção pra quem deveria dar, eu tô me stressando facilmente, eu tô fugindo de relacionamentos embora eu deseje ter um, eu não vou parar de beber, pelo menos não agora. Eu mudei, quis mudar, eu tive que mudar. Eu tô perdida nos meus pensamentos, nas lembranças, na saudade, no meu EU. Dá um tempo, é só por um tempo, logo estarei de volta, feliz, não só por fora, mas por dentro também.

Não era amor...

"...Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda q a gente sabe q vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo.


Eu bati a 200Km/h e estou voltando a pé pra casa, avariada.

Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos.

Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas.

Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?

Eu nunca amei aquele cara. Eu tenho certeza que não.

Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.

Não era amor, era uma sorte.

Não era amor, era uma travessura.

Não era amor, era sacanagem.

Não era amor, eram dois travessos.

Não era amor, eram dois celulares desligados.

Não era amor, era de tarde.

Não era amor, era inverno.

Não era amor, era sem medo.

Não era amor, era melhor."

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Martha Medeiros