quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O que sobrou...

É uma sensação vazia. Não sei se amo, se odeio, se esqueci ou se ainda lembro...Não, eu não choro mais. Quando vejo pessoas queridas, amigos, quando estou na balada, no bar, no shopping ou conversando, eu sorrio, sem o menor esforço. Não é um sorriso forçado e tão pouco um sorriso triste. É um sorriso apenas. E, por este sorriso, as pessoas me vêem feliz, acham que sou/estou feliz, apesar do meu peso ter diminuido muito e eu estar me sentindo estranhamente magra demais.
É, eu não sinto nada, nem feliz, nem triste. Nem quente, nem fria. Me sinto Morna, ou melhor, sem aquecimento nenhum. Quando estou sozinha, tento conversar um pouco com Deus, não consigo me concentrar muito, os pensamentos vem e vão, assim, todos ao mesmo tempo e eu não consigo focar em uma coisa só. Penso na balada, nos novos amigos, nos problemas com meu pai, na falta de atenção com minha sobrinha que me cobra diariamente, na falta do meu amor, no meu novo amor, no meu antigo(?) amor em outros braços, no último domingo que passamos juntos...é uma mistura de tudo ao mesmo tempo que me sufoca e não me deixa dormir. Pois é, eu tenho tido insônia.
Sozinha, minha expressão é triste, me olho no espelho e vejo que os seis meses que sofri se refletem agora na minha aparência, então eu começo a comer desesperadamente pra tentar ganhar os 4 quilos que perdi e que estão fazendo uma puta diferença no  meu corpo. Tenho buscado desesperadamente por felicidade, por gritos de prazer, por esquecimento. Pelo meu rostinho feliz que representava apenas 18 dos 26 anos que já vivi.
Eu não ligo mais pra ele e, quer saber, nem tenho mais aquela vontade de ligar, descontrolada, procurando desculpas, ou ligar de um outro numero qualquer só pra ouvir a voz dele...Não.
Sim, eu ainda xereto o facebook o dele, olho diariamente, espero ver a bolinha verde acender e me chamar, mas hoje me controlo e não chamo, apenas espero.
E ele ainda é meu primeiro e último pensamento do dia.
Bebi, bebi muito este final de semana em uma dessas baladas que tenho ido. Tava alegre, não digo feliz. Dancei, me diverti. Mas exagerei na bebida, coisa que raramente faço em lugares públicos. Muita gente em volta e eu me sentindo sozinha, VAZIA...Foi rídiculo, as pessoas percebiam e a quantidade de homens querendo um beijo triplicou. E eu beijei alguns, sem a mínima vontade, era como se eu tivesse me vingando dele, da vida, era como se quisesse mostrar pra todo mundo o quanto eu mudei, o quanto eu estava feliz sem ele e sei lá mais o que. Mas na verdade, me sufocou ver tanto homem em cima de mim e eu querendo apenas um. Um que nenhuma garota da minha idade, que tivesse a mesma vida que a minha desejaria. Eu quis mostrar pra ele que eu estava me divertindo e sofrendo ao mesmo tempo a falta dele, eu queria que ele se preocupasse comigo, queria provocar algum incômodo nele, algum arrependimento, então, bêbada, liguei e disse apenas: "EU TE ODEIO". Queria saber se ele ainda me atenderia na madrugada, se estaria acompanhado (se estivesse, o celular estaria desligado). Falei isto apenas e desliguei, queria que ele ligasse de volta, que se preocupasse em saber onde eu estava e com quem eu estava, mas nada... e, só no dia seguinte, recebi a ligação dele, frio e grosso pedindo para não mais fazer isto. Concordei e ponto, não senti mais vontade de ligar mesmo, não passei horas e horas pensando, chorando, lamentando, foi como se tivesse sido a primeira vez que ele foi grosso comigo. Sinto que ele está guardado em algum lugar aqui dentro, um lugar que ainda doi um pouco, mas só de vez em quando. Mas acredito que quanto menos nos encontrarmos, melhor será para nós, ou para mim que é o que interessa agora. Estou mais conformada, não menos decepcionada. Quieta no meu canto e feliz no canto dos outros.
Õra triste, ora feliz, minha expressões são automáticas, sorrio para as pessoas e a face pesa quando estou só, na minha íntima dor, só eu e ela. Pro mundo e até pra ele mesmo, sou a pessoa mais feliz, mais determinada, um exemplo de superação, mas pra mim, ainda sou só dor, a dor que sobrou do amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário